A Tribuna on-line -
O relatório de Monitoramento de Educação Para Todos, produzido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) prova que o Brasil precisa, com urgência, melhorar e rever a sua política educacional.
Os números divulgados na edição de ontem do jornal A TRIBUNA mostram que o índice de repetência no ensino fundamental no sistema educacional brasileiro é de 18,7%, simplesmente o mais elevado de toda a América Latina, atrás até mesmo de países que economicamente representam menos que o Brasil, como por exemplo, a Bolívia, Panamá e uma dezena de outras nações que estão com projetos de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos com políticas educacionais que realmente funcionem. Para se ter uma ideia, a média mundial de repetência é de 2,9%, o que mostra que a situação não é nada confortável e que para chegar aos patamares aceitáveis o nosso País precisa melhorar e muito. Neste aspecto estamos perdendo, e de goleada, em um setor que deveria ser prioridade no País.
Outro número preocupante é o índice de abandono nos primeiros anos de educação. Em nosso País, esse número chega a 13,8%. O Brasil, na América Latina, fica à frente apenas da Nicarágua que tem 26,2% de abandono e, mais uma vez, muito longe da média mundial, que é de 2,2%.
Que esses números sirvam de alerta aos nossos governantes, pois provam que há algo errado em nosso sistema educacional. Sabemos, por exemplo, que as nossas escolas públicas capengam em muitos casos por falta de investimento sólido. O dinheiro investido na educação é a curto prazo para resolver questões pontuais e não de uma forma mais abrangente.
O Brasil, no entanto, tem bons índices em outros aspectos, como atendimento universal, igualdade de gênero e analfabetismo.
Porém, é muito pouco para um País que sonha em ter uma economia competitiva e sair do estágio de nação em desenvolvimento para finalmente virar uma potência.
Se o governo federal não se movimentar, no sentido de mudar esses números, as futuras gerações de brasileiros vão continuar a conviver com os mesmos problemas de hoje, entre elas a desigualdade social. Uma educação digna, de qualidade, é, talvez, o único caminho para pelo menos diminuir o abismo social no país.
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